sábado, 31 de janeiro de 2015

Maiores Mistérios Atuais Da Astronomia

 O que é energia escura?

Há 16 anos, os cientistas descobriram a energia escura, mas ainda não conseguiram explicar exatamente o que ela é. Pelos conhecimentos que a humanidade tem de física, a expansão do Universo deveria ser cada vez mais lenta. Porém, a expansão está, na verdade, se acelerando. A – desconhecida – causa dessa aceleração recebeu o nome de energia escura.

Os astrônomos têm três possíveis explicações para o fenômeno. Ela pode ser alguma propriedade desconhecida do espaço no vácuo, um novo tipo de campo de força – chamado de “quintessência” – ou, ainda, sinal de que as teorias científicas a respeito da gravidade estão incorretas. O grande problema é que os especialistas não têm nem pistas de como poderão fazer experiências para chegar a uma conclusão.

Qual é a temperatura da matéria escura?

A “matéria escura” é uma teoria desenvolvida em 1933 para explicar como as galáxias se mantêm unidas. Uma quantidade de massa invisível explicaria o campo gravitacional que une os corpos celestes de uma galáxia. Os físicos ainda não sabem precisamente o que é a matéria escura, mas provavelmente conseguirão detectar algumas de suas partículas dentro de poucos anos. Até lá, a temperatura dessa matéria permanecerá um mistério. Pela teoria atual, ela deveria ser gelada, mas se admite que ela pode ser bem mais quente.

Onde estão os bárions desaparecidos?

Bárion é um termo genérico para descrever as partículas subatômicas, como os prótons e os nêutrons. Pelos cálculos dos astrônomos, cerca de 10% da massa bariônica do Universo está nas galáxias. Gases quentes intergalácticos também formam 10% do Universo, e outros 30% são nuvens de gases frios.

Sobraram 50%, a metade das partículas do Universo, que os cientistas não conseguem localizar. Uma teoria afirma que esses bárions estariam num plasma difuso, mas ainda não há consenso quanto a isso.

Como as estrelas explodem?

A morte de uma estrela não é um processo pacífico. Depois de brilharem por milhões, muitas vezes bilhões de anos, elas se transformam em uma bola de fogo gigante conhecida como “supernova”. As supernovas já são objeto de estudo científico há décadas, mas ainda não está claro para os astrônomos quais são os processos que antecedem a explosão dentro das estrelas. 

O que organizou o Universo?

O estudo da história do Universo tem uma lacuna importante que diz respeito ao que acontece dentro dos átomos. De acordo com a teoria, o Big Bang, a explosão que deu início ao Universo como conhecemos, aconteceu há 13,7 bilhões de anos.

Cerca de 400 mil anos depois disso, com a temperatura já mais fria, a atração natural de prótons e elétrons formaria átomos estáveis de hidrogênio. Centenas de milhões de anos depois, no entanto, algo retirou elétrons desses átomos, e formou íons – que não têm um número estável de elétrons e, por isso são mais propensos a reações. O que não se sabe é o que foi esse algo responsável pela reorganização.

Qual é fonte dos raios cósmicos mais energéticos?

Há 50 anos, no estado norte-americano do Novo México, cientistas detectaram uma partícula extremamente energética, que recebeu o nome de raio cósmico. Esse raio era, na verdade, um núcleo de um átomo que vaga pelo Universo trombando em corpos celestes, com uma energia de 100.000.000.000.000.000.000 eV – valor tão alto que não podia ser produzido por nenhum processo conhecido até então. E continua sendo, por que os cientistas ainda não conhecem o processo que gera tamanha energia.

Por que o Sistema Solar é tão bizarro?

Pelo Universo afora, planetas de todos os tipos – quentes, frios, rochosos, gasosos, grandes e pequenos – giram ao redor de estrelas. O Sol é capaz de reunir essa diversidade de planetas em torno de si. Levando em conta massa, composição química e tamanha, Vênus seria o par mais próximo da Terra, mas os planetas são quase opostos. Vênus tem uma atmosfera ácida, densa e quente, e não tem sinais de já ter tido água – enquanto a Terra é cheia de oceanos. A rotação dos dois também é completamente diferente – em Vênus, o dia dura mais que o ano.A comparação entre Terra e Vênus é apenas um exemplo da diversidade encontrada entre os oito planetas e outros corpos celestes do sistema.

Por que a coroa solar é tão quente?

No interior do Sol, onde ocorre fusão nuclear, a temperatura supera os 16 milhões de graus Celsius. Na superfície, a temperatura é bem mais baixa, na casa de 5 mil graus Celsius. Porém, acima da superfície, se forma a coroa solar, onde a temperatura supera 1 milhão de graus Celsius.Os cientistas sabem que a energia solar é suficiente para gerar temperaturas tão altas e que o campo magnético do Sol é forte o bastante para levar a energia até o campo magnético. Os detalhes do processo, no entanto, ainda estão longe de ser um consenso, e há várias teorias conflitantes oferecendo essa explicação.


A Formação Do Universo.

Uma questão que sempre despertou curiosidade dos seres humanos desde a antiguidade é como teria surgido o Universo, essa imensidão formada por espaço, tempo, matéria e energia. Há muitos tipos de respostas, principalmente religiosas, mas, conforme passou o tempo, foram surgindo novas teorias científicas baseadas em aspectos reais. A teoria religiosa fala que o Universo e tudo que há dentro dele, inclusive o ser humano e os animais, foi criado por um ser supremo, no caso, Deus. Isso não foi comprovado, e ninguém nunca vai saber se é verdade ou não Se aconteceu, não sabemos, aí surge à dúvida. Por isso, foi elaborada a teoria do Big Bang, e, por ela ser científica, é considerada "mais real" e com mais chances de ser verdadeira. Vamos detalhá-la.


A Teoria da Grande Explosão

(em inglês, Big Bang) diz que toda a matéria do Universo estava comprimida, ocupando um volume extremamente pequeno. Ocorreu então, uma grande expansão, que originou o Universo que até hoje vem se expandindo cada vez mais. Estima-se que ele aconteceu há aproximadamente 15 bilhões de anos!

A Teoria Religiosa


Como disse aí em cima, é basicamente que Deus criou o Universo. É muito simples. Muitos religiosos acreditam nessa teoria, que, apesar de muito complexa em relação á Deus, é também muito simples, pois não se sabe ao certo se foi isso o que aconteceu. Se for verdade, nunca saberemos. Quem acredita, acredita, mas muitas pessoas confiam mais na teoria do Big Bang, por ser científica e aprovada por pessoas que entendem disso (astrônomos, astronautas, etc). A Teoria Religiosa envolve também a criação do Homem, pois depois que ele fez a luz do Universo, que antes eram trevas, etc, ele criou os mamíferos, os répteis e, por fim, o Ser Humano e a Mulher. Isso não foi comprovado, então, não pode ser utilizada como base para estudos, pois não tem como se estudar sem provas de que realmente aconteceu! Mas, apesar disso, ainda pode ser considerada uma teoria avaliável. Também existem as Teorias Mitológicas, que são muito parecidas com a Teoria Religiosa. Elas consistem na crença de que os seres mitológicos, ou seja, fruto das imaginações indígenas e das diversas culturas do Mundo, que criaram todo o Universo. Algumas dizem que o Universo foi fruto do amor entre o Sol e a Lua, que tiveram vários filhos, sendo eles os Planetas. 

sábado, 24 de janeiro de 2015

Buracos Negros


O que são buracos negros: "Buracos Negros" são regiões no espaço onde a força gravitacional é muito forte, ou seja, é um determinado lugar que 'puxa' os corpos celestes para 'dentro dele'. Pra ficar melhor de entender o que é 'força gravitacional' use a Terra como exemplo: somos 'puxados' para o chão, pois a Terra exerce gravidade, atração sobre nossos corpos.O mesmo ocorre com os corpos celestes. No Universo, digamos que a Terra seja o Buraco Negro, e nós, os corpos celestes.


Tá, mas porque eles são chamados de Buracos Negros ? O que tem a ver força da gravidade com estas palavras? Os buracos negros têm a força gravitacional superforte, puxando toda 'massa' ou 'corpo' que passa sobre ele. O mesmo acontece com a luz. A velocidade da luz é aproximadamente 1.080.000.000 Km/h, mas a velocidade de escape do Buraco Negro, a velocidade com que ele atrai os corpos com a força gravitacional, consegue ser maior do que a velocidade da luz, ou seja, quando a luz quer 'sair' do buraco negro, ele a 'puxa' antes dela sair totalmente. É por isso que se chama "buraco negro", pois a luz não consegue se espalhar, já que ele a 'puxa' antes disso. Na verdade, os buracos negros não são 'buracos'. São somente determinados pontos do Universo em que se concentra maior força gravitacional. Para ficar melhor de entender: Se atirarmos uma pedra para cima ela "sobe" e depois "desce", certo? Errado! Se atirarmos um corpo qualquer para cima com uma velocidade "muito" grande, esse corpo "sobe" e se livra do campo gravitacional da Terra, não mais "retornando" ao nosso planeta.A velocidade mínima para isso acontecer é chamada de velocidade de escape. A velocidade de escape na superfície da Terra é 40.320 Km/h. Então, se a gente conseguisse jogar uma pedra a 40.320 Km/h, ela não iria retornar, pois não seria mais puxada pela gravidade e se livraria dela. Com a luz, ocorre a mesma coisa. A luz é 'jogada', assim como a pedra, a uma velocidade de 1.080.000.000 Km/h. Se ela chegasse a essa velocidade, sairia do Buraco Negro e ele então não seria mais 'negro'. Mas como o buraco negro exerce uma força gravitacional MUITO mais forte do que 1.080.000.000 Km/h, a luz não consegue escapar, e continua presa dentro dele.Os Buracos Negros, então, não emitem luz, somente quando uma estrela, por exemplo, ou algum outro corpo celeste 'brilhante' ou composto de certos elementos 'caem' no buraco negro. No caso de uma estrela, o gás que a compõe espirala até cair no buraco negro, como água indo pelo ralo. Nesse processo, o gás se aquece muito e emite fótons!



O que é Buraco Negro supermassivo? Um buraco negro supermassivo é uma classe de buracos negros encontrados principalmente no centro das galáxias. Ao contrário dos buracos negros estelares que são originados a partir da evolução de estrelas massivas, os buracos negros supermassivos foram formados por imensas nuvens de gás ou por aglomerados de milhões de estrelas que colapsaram sobre a sua própria gravidade quando o universo ainda era bem mais jovem e denso. Os buracos negros supermassivos possuem uma massa milhões ou até bilhões de vezes maiores que a massa do Sol. O mais impressionante é que a maioria dos buracos negros supermassivos já catalogados estão em forte atividade, ou seja, continuam atraindo matéria para si, aumentando ainda mais a sua massa.


quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Galáxia Mais Distante Da Terra.

Uma equipe de astrônomos americanos descobriu a galáxia mais distante que se tem conhecimento, cuja luz foi emitida quando o Universo só tinha 5% de sua idade atual de 13,8 bilhões de anos. Batizada de z8-GND-5296, ela data de quando o Universo tinha apenas 700 milhões de anos, "o que a torna única, se comparada a outras descobertas similares, é que sua distância pôde ser confirmada por um espectrógrafo (equipamento que realiza um registro fotográfico de um espectro luminoso)", afirma o astrônomo Bahram Mobasher, da Universidade da Califórnia, um dos membros da equipe que publicou a descoberta nesta quarta-feira na revista especializada Nature. A galáxia foi detectada por meio de imagens infravermelhas feitas pelo Telescópio Espacial Hubble, e sua distância foi confirmada pelas observações realizadas com o sofisticado espectrógrafo MOSFIRE operado a partir do Observatório W. M. Keck, no Havaí. Estudar o surgimento das primeiras galáxias é difícil porque quando sua luz chega à Terra ela já se deslocou em direção à parte infravermelha do espectro devido à expansão do Universo, em um fenômeno chamado "deslocamento ao vermelho" (redshift). Por isso, os astrônomos utilizam espectrógrafos cada vez mais sensíveis e capazes de medir o deslocamento ao vermelho da luz da galáxia, que é proporcional à sua distância. A equipe, liderada por Steven Finkelstein, da Universidade do Texas, e Dominik Riechers, da Universidade Cornell (Nova York), observou também que a nova galáxia tem uma taxa de formação de estrelas "surpreendentemente alta", cerca de 300 vezes a massa do nosso Sol ao ano, em comparação com a Via Láctea, que forma somente duas ou três estrelas por ano. "Estes descobrimentos fornecem pistas sobre o nascimento do Universo e sugerem que podem abrigar zonas com uma formação de estrelas mais intensa do que se imaginava", afirmou Finkelstein. Com a construção de telescópios cada vez maiores no Havaí e no Chile e o futuro lançamento do telescópio James Webb ao espaço, ao final desta década os astrônomos esperam descobrir mais galáxias a distâncias ainda maiores, comemorou Mobasher.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Filme de Carl Sagan Ótimo "Contato".

Primeiro quero recomendar o filme para vocês eu assisti com minha irmã e é muito legal .Muito tem se falado sobre a questão extraterrestre. Esse é um assunto que intriga e gera discussões árduas, em que pessoas discordam tanto na questão da existência de vida alienígena como também na intenção desses seres, caso realmente existam.
Para quem gosta de ficção científica e se interessa pelos estudos das Ciências Paralelas, iremos indicar na presente matéria um filme repleto de teorias e cenas fantásticas. Vamos conhecer um pouco mais sobre ele:
O filme Contact (Contato), feito em 1997, é uma adaptação do romance de mesmo nome escrito por Carl Sagan, cujo diretor foi Robert Zemeckis. Teve arrecadação de US$ 171 milhões na bilheteria mundial e recebeu diversos prêmios. A famosa atriz Jodie Foster interpreta a personagem principal do filme, a Dra. Eleanor Arroway (Ellie), uma cientista que trabalha na SETI.
Depois de muita insistência, a personagem recebe um sinal de rádio vindo do espaço, possivelmente feito por extraterrestres. Ao desvendarem a equação matemática do sinal, descobrem instruções para a construção de uma enorme máquina de grande avanço tecnológico.
A Dra. é convidada para participar do experimento e realiza uma incrível viagem interdimensional sob a famosa ponte Einstein-Rouuse.

O filme expressa muito de nossos pensamentos mais íntimos. De onde viemos? Para onde vamos? Existe algo além? Essas questões todas nos afligem desde a antiguidade e se estendem sem muitas respostas até o momento atual. Também mostra a real intenção das pesquisas. Seriam muitas dessas descobertas acobertadas, manipuladas e escondidas da população? Quais são os reais interesses por trás de novos experimentos e até onde eles são permitidos? As organizações e os governos se apoderam desses conhecimentos? O quanto à humanidade, está aberta para novos conceitos? Vivemos presos em paradigmas que nos impedem de ver além? Essas e algumas outras temáticas são várias das questões que o filme deixa no ar.
Ao estudar a essência da Física Quântica, diversas possibilidades se abrem – e confundem nossa cabeça, pois tudo parece ser possível. Ter essas informações e não saber aceitá-las ou ir além do que a ciência tradicional tem como verdade são empecilhos que irão atrasar novas descobertas e estudos. O filme nos faz refletir sobre os limites que novas ideias encontram quando surgem na sociedade, muitas vezes vetadas por nossos preconceitos morais e científicos.
Assim como a essência do filme, nós do Ciências Paralelas, convidamos nossos leitores a abrirem suas mentes para novas possibilidades também.
“Se de início uma ideia não parecer absurda, então não há menor chance para ela.”
(Albert Einstein)

sábado, 17 de janeiro de 2015

Sonda New Horizons Entra Nos Primeiros Estágios Do Encontro Com Plutão.


Em 179 dias a sonda New Horizons, da Nasa, terá a sua maior aproximação de Plutão. No entanto, hoje a história já começa a ser escrita: sua aparelhagem já está analisando dados sobre o misterioso planeta-anão e seus arredores.A Nasa ainda não divulgou fotos, mas já começou a analisar a poeira e o plasma nas proximidades de Plutão. As primeiras imagens, segundo a agência, devem ser divulgadas no início de fevereiro - e foram prometidas imagens incríveis (melhores do que as do Hubble) em maio!Vale a pena lembrar que a New Horizons tirou um retrato de Plutão quando estava próxima a Netuno, em agosto de 2014 - e essa foto ilustra o início da nota.New Horizons da NASA começou recentemente a sua tão esperada, encontro histórico com Plutão. A espaçonave está entrando a primeira de várias fases de abordagem que culminam 14 de julho com o primeiro voo rasante de close-up do planeta anão, 4670000000 milhas (7.500 milhões quilômetros) da Terra."NASA primeira missão para a distante Plutão também estará a humanidade está em primeiro lugar acima da vista disto, mundo inexplorado frio em nosso sistema solar", disse Jim Green, diretor da Divisão de Ciência Planetária da NASA na sede da agência em Washington. "A equipe da New Horizons trabalhado muito duro para se preparar para esta primeira fase, e eles fizeram-lo na perfeição."A nave espacial mais rápida, quando foi lançado, New Horizons decolou em janeiro de 2006. Ele acordou de seu período de hibernação definitiva no mês passado depois de uma viagem de mais de 3 bilhões de milhas, e logo vai passar perto de Plutão, dentro das órbitas de seus cinco conhecidos luas.Em preparação para o próximo encontro, as operações científicas, de engenharia e de naves espaciais equipes da missão configurada a sonda tamanho de um piano para observações distantes do sistema de Plutão que começam domingo, 25 de janeiro, com uma sessão de fotos de longo alcance.As imagens captadas por telescópica Longa Reconnaissance Imager New Horizons "(Lorri) dará cientistas da missão um olhar continuamente melhorando a dinâmica das luas de Plutão. As imagens também vai desempenhar um papel crítico na navegação da nave espacial em que abrange os restantes 135 milhões milhas (220 milhões de quilômetros) a Plutão."Nós completamos a jornada mais longa de qualquer nave espacial voou da Terra para alcançar seu alvo principal, e estamos prontos para começar a explorar", disse Alan Stern, New Horizons investigador principal do Instituto de Pesquisa do Sudoeste em Boulder, Colorado.
           

  Lorri levará centenas de imagens de Plutão ao longo dos próximos meses para refinar as actuais estimativas da distância entre a sonda e do planeta anão. Embora o sistema de Plutão se assemelhará pouco mais do que os pontos brilhantes na visão da câmera até maio, os navegadores da missão irão usar os dados para projetar manobras curso de correção para mirar a nave em direção ao seu ponto de destino neste verão. O primeiro tal manobra poderia ocorrer já em março.
"Precisamos melhorar o nosso conhecimento de onde Plutão será quando New Horizons voa passado", disse Mark Holdridge, New Horizons gerente da missão encontro no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins (APL), em Laurel, Maryland. "O momento sobrevôo também tem que ser exato, porque os comandos do computador que irá orientar a nave espacial e apontam os instrumentos científicos são baseados em saber precisamente o tempo que passar Plutão - que essas imagens nos ajudarão a determinar."
A campanha "navegação óptica" que começa este mês marca a primeira vez imagens da New Horizons será usado para ajudar a identificar a localização de Plutão.
Ao longo da primeira fase de aproximação, que vai até a primavera, New Horizons vai realizar uma quantidade significativa de ciência adicional. Instrumentos da nave espacial vai reunir dados contínuos sobre o meio ambiente interplanetário, onde as órbitas planetárias do sistema, incluindo medições das partículas de alta energia que fluem a partir das concentrações de sol e poeira de partículas nos trechos internos do Cinturão de Kuiper. Além de Plutão, nesta área, a região externa inexplorado do sistema solar, potencialmente inclui milhares de gelado semelhante, pequenos planetas rochosos.
Mais estudos intensivos de Plutão começar na primavera, quando as câmeras e espectrômetros a bordo New Horizons vai ser capaz de fornecer resoluções de imagem mais elevados do que os telescópios mais poderosos da Terra. Eventualmente, a sonda irá obter imagens de boa o suficiente para mapear Plutão e suas luas com mais precisão do que os obtidos por missões de reconhecimento planetário anteriores.
APL gere a missão New Horizons for Science Mission Directorate da NASA em Washington. Alan Stern, do Southwest Research Institute (SwRI), com sede em San Antonio, é o investigador principal e lidera a missão. SwRI lidera a equipe de ciência, as operações de carga e planejamento ciência encontro. New Horizons é parte do Programa Novas Fronteiras gerido por Marshall Space Flight Center da NASA em Huntsville, Alabama. APL projetou, construiu e opera a nave espacial.

domingo, 11 de janeiro de 2015

A Descoberta de Vida Fora da Terra 2


Dando continuidade ao assunto sobre a busca de vida extraterrestre pelo telescópio espacial James Webb, que será lançado em 2018, através de detecção de gases, encontrei, graças ao Salvador Nogueira (do blog Mensageiro Sideral da Folha de São Paulo), um artigo muito interessante de pesquisadores do Cambridge College e do Harvard-Smithsonian Center of Astrophysics sobre a possibilidade de utilização de elementos poluidores na atmosfera de planetas habitados.
O artigo chama-se: Detecting Industrial Pollution in the Atmosphere of Earth-Like Exoplanets, que em uma tradução livre fica: Detecção de poluição industrial na atmosfera de exoplanetas do tipo terrestre. Os autores iniciam o artigo falando sobre o projeto SETI de busca de vida extraterrestre através de sinais emitidos por civilizações alienígenas e a complementação com o telescópio espacial na busca de elementos químicos denominados biomarcadores, como o oxigênio molecular, que poderia indicar processos biológicos no planeta.
A inovação deste artigo está no fato que ele sugere a possibilidade de estudar a concentração da poluição atmosférica como potencial biomarcador. Além disto, os autores propõem essa pesquisa ao redor de estrelas anãs brancas. Este tipo estelar é consequência da evolução de estrelas que nasceram com pouca massa (com até 10 massas solares), e possuem um diâmetro próximo ao do nosso planeta e uma temperatura de aproximadamente 30.000 graus. Esta temperatura diminui gradualmente com o passar do tempo, podendo chegar, após alguns bilhões de anos à temperatura superficial semelhante ao do Sol, cerca de 6.000K.
De acordo com os autores, a possibilidade de encontrar planetas habitados transitando na frente da anã branca com temperatura típica do Sol é muito grande, pois a zona de habitabilidade da estrela encontra-se apenas a 0,01 unidade astronômica (UA = distância média da Terra ao Sol, cerca de 150 milhões de quilômetros). Com esta temperatura, pode-se supor que a anã branca tenha um espectro semelhante ao Sol, possibilitando a formação de uma atmosfera como a do nosso planeta. Devido à proximidade entre a estrela e o planeta, o estudo da atmosfera é muito facilitado pela grande possibilidade de observação de um trânsito e com isto, o contraste com a atmosfera do planeta.
Por mais incrível que possa parecer, referências encontradas no artigo mostram a possibilidade de formação e migração de exoplanetas ao redor de estrelas evoluídas como anãs brancas e gigantes vermelhas. Voltando aos agentes poluidores biomarcadores, os autores sugerem, após uma análise de vários poluentes, que se use o CFC-14 e o CFC-11 como os alvos a serem buscados. Eles são os melhores elementos porque, além de terem um tempo de vida que varia de 10 a 10.000 anos, suas emissões estão na faixa observável do telescópio espacial. Devido à dificuldade de produção espontânea por outros processos químicos, a presença destes gases serve como um grande indicativo de poluição provocada por algum tipo de população industrializada.
A possibilidade de existência de vida industrializada foi discutida, em uma conversa informal, entre alguns astrônomos da Fundação Planetário faz algum tempo. Lembro-me que na época não tínhamos aventado a possibilidade de observar estrelas anãs brancas, mas discutimos algumas dificuldades como:
1. A suposição de que estaríamos procurando formas de vida semelhante a nossa, restringindo muito qualquer outra hipótese;
2. O grau de industrialização deveria ser parecido e com a produção de materiais similares;
3. A não preocupação com o meio ambiente ou a possibilidade de um aquecimento global e destruição de elementos atmosféricos;
4. E, principalmente, um aspecto que não vou entrar em discussão que é a pergunta: O que é vida? Qual a sua definição?
Esperamos que este novo método proposto para a busca de vida extraterrestre possa ajudar a responder à questão de sua existência ou não. Alguns questionamentos e críticas ao trabalho ainda aparecerão, mas a ciência é feita de erros e acertos, sendo de competência dos cientistas a identificação de ambos e a evolução gradual do conhecimento.

Galáxia Andrómeda Observada Do Telescópio Hubble


O Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA capturou a maior e mais nítida imagem já feita da Galáxia de Andrómeda - também conhecida como M31. É a maior imagem já produzida pelo Hubble e mostra mais de 100 milhões de estrelas e milhares de enxames estelares embebidos numa secção do disco em forma de panqueca da galáxia que se estende por mais de 40.000 anos-luz. Esta vista arrebatadora mostra um-terço da nossa vizinha galáctica, a Galáxia de Andrómeda, com uma qualidade impressionante. A imagem panorâmica tem 1,5 mil milhões de pixéis - ou seja, precisaríamos de mais de 700 televisões Full HD para exibir a imagem inteira (a imagem, no seu tamanho normal, tem 69.536 x 22.230 pixéis; ela própria é uma versão cortada da imagem original com 3,9 mil milhões de pixéis que cobre quase 60.000 anos-luz).

Ela traça a galáxia desde o seu bojo galáctico central à esquerda, onde as estrelas estão agrupadas densamente, ao longo de correntes de estrelas e poeira, para arredores mais escassos do seu disco exterior à direita. Os grandes grupos de estrelas azuis da galáxia indicam as posições de enxames estelares e regiões de formação estelar nos braços espirais, enquanto as silhuetas escuras das regiões sombrias mostram estruturas complexas de poeira. Subjacente à galáxia inteira, está uma distribuição harmoniosa de estrelas vermelhas mais frias que rastreiam a evolução de Andrómeda ao longo de milhares de milhões de anos.

A Galáxia de Andrómeda é uma grande galáxia espiral - o tipo de galáxia que é lar da maioria das estrelas no Universo - e esta imagem detalhada, que captura mais de 100 milhões de estrelas, representa um novo ponto de referência para estudos de precisão deste tipo de galáxias. A clareza destas observações vai ajudar os astrónomos a interpretar a luz de muitas galáxias que têm uma estrutura semelhante mas que se situam muito mais longe. Tendo em conta que a Galáxia de Andrómeda está a apenas 2,5 milhões de anos-luz da Terra, é um alvo muito maior no céu do que as galáxias que o Hubble rotineiramente fotografa e que se encontram a milhares de milhões de anos-luz. De facto, o seu diâmetro total no céu noturno é seis vezes maior que a Lua Cheia. Para capturar a grande parte da galáxia vista aqui - mais de 40.000 anos-luz - o Hubble capturou 411 imagens e foram agrupadas num mosaico.

Este panorama é o produto do programa PHAT (Panchromatic Hubble Andromeda Treasury). Foram capturadas imagens da galáxia no ultravioleta próximo, no visível e no infravermelho próximo, usando a câmara ACS (Advanced Camera for Surveys) a bordo do Hubble. A imagem mostra a galáxia em cores visíveis e naturais, fotografada através de filtros vermelhos e azuis. A imagem é demasiado grande para ser facilmente exibida na resolução máxima e é melhor apreciada usando a ferramenta de zoom, cujo link está disponível na legenda da imagem. A imagem foi apresentada na segunda-feira passada durante a 225.ª reunião da Sociedade Astronómica Americana em Seattle, no estado americano de Washington.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Estudo pertubador sugere que algo do espaço pode destruir a Terra... E não é um asteroide


A revista “Physical Review Letters” publicou um estudo perturbador, segundo o qual uma explosão de raios gama teria causado a extinção maciça de espécies na Terra, há milhões de anos. Uma nova explosão, da mesma natureza, poderia acontecer novamente na Via Láctea, e as consequências seriam catastróficas para o planeta.
O estudo sugere que explosões desse tipo teriam sacudido a Terra durante os últimos bilhões de anos, provocando destruições no período Ordoviciano. As explosões de raios gama geram uma radiação eletromagnética capaz de emitir tanta energia quanto o Sol. Os especialistas acreditam que elas seriam causadas pela colisão de estrelas mortas ou hipernovas.
Se algo do tipo ocorresse na Via Láctea, provocaria estragos de proporções gigantescas para a Terra, mesmo se o foco da explosão estiver a milhares de anos-luz de distância. E ainda que os raios gama não cheguem a penetrar a atmosfera terrestre, eles seriam capazes de gerar uma série de reações químicas que destruíriam a camada de ozônio. Sem esta camada protetora, os raios ultravioletas do Sol aniquilariam a vida na Terra.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Falando Do Planeta Kepler-10c

   

         Você já deve ter ouvido falar do planeta Kepler10-c é pode ter ouvido falar mais eu vou fazer um breve resumo do planeta como quantos ano ele tem e sua distancia da terra.
        O planeta foi apelidado de "Kepler10-c" pois foi descoberto no telescópio Kepler da NASA  O anúncio da descoberta deste planeta foi feita em Maio de 2011. Kepler tem muitas chances de abrigar vida "O fato de ser rochoso é o que aumenta as chances de vida do planeta Kepler-10c"-Afirma pesquisadores da universidade genebra. ele está acerca de 560 anos-luz da terra, tem aproximadamente 11 bilhões de anos (mais ou menos 6,5 bilhões a mais que a Terra), uma massa 17 vezes maior que a nossa e dá uma volta completa ao redor de uma estrela na constelação de Draco em 45 dias.
      A descoberta mostra que houve planetas de tipo terrestre que se formaram muito cedo na história do Universo (o Kepler-10c se formou “apenas” 2,8 bilhões de anos depois do Big Bang). Portanto, os planetas que se formaram em torno de estrelas mais antigas continuam no alvo dos telescópios. Pode ser que as respostas para algumas perguntas da astronomia estejam neles.


O planeta foi descoberto pela equipe universitária, CfA Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics. Pensava-se que este tipo de planetas tão massivos, apanhariam gravitacionalmente tanto hidrogénio que cresciam para se tornar planetas como Júpiter.
No entanto, este planeta é inteiramente sólido e diferente das Super-Terras descobertas, sendo assim uma Mega-Terra.
O astrônomo Xavier Dumusque, que liderou a análise dos dados desta investigação, disse: “Ficamos bastante surpresos quando demos conta daquilo que descobrimos”.
O investigador Dimitar Sasselov, diretor do Harvard Origins of Life Initiative, disse: “Este planeta é a Godzilla das Terras!”
A cientista da missão Kepler Natalie Batalha afirma: “Quando pensamos que já sabemos a aparência dos planetas, a natureza mostra-nos algo surpreendente. A ciência é maravilhosa!”
Sasselov diz: “Encontrar planetas como Kepler-10c permite-nos perceber que os planetas rochosos formaram-se mais cedo do que imaginávamos.”
Assim, as estrelas antigas não devem ser colocadas de parte quando procuramos planetas como a Terra.
O planeta Kepler-10c tinha sido descoberto pelo Telescópio Espacial Kepler, da NASA. Ao utilizar o método dos trânsitos pode-se calcular o tamanho do planeta. Assim, já se sabia que o planeta era 2,3 vezes maior que a Terra. No entanto, não existia forma de saber se era um planeta rochoso ou gasoso. Pensava-se que era um mini-Neptuno, que tem uma densa atmosfera gasosa e um interior gelado.
Entretanto, uma equipa de astrónomos utilizou o HARPS-North pertencente ao Telescopio Nazionale Galileo (TNG), nas Ilhas Canárias, e percebeu que o planeta tinha uma massa 17 vezes superior ao planeta Terra. Isto é muito mais do que o esperado. Assim, o planeta Kepler-10c terá uma composição sólida e bastante rochosa, em vez de uma atmosfera de gás.O astrónomo Xavier Dumusque afirma: “O planeta Kepler-10c não perdeu a sua atmosfera ao longo do tempo. O planeta é massivo o suficiente para manter a sua atmosfera caso alguma vez a tenha tido. Assim, o mais provável é que nunca tenha tido atmosfera.”
Apesar da surpresa de encontrarmos um planeta assim, na mesma conferência, o astrónomo Lars A. Buchhave encontrou uma correlação entre as órbitas dos planetas e o tamanho que o planeta precisa de ter para não perder uma atmosfera de gás. Ele sugere que mais Mega-Terras irão ser descobertas à medida que mais planetas são descobertos com órbitas mais longas.

A Maior Estrela Amarela Conhecida

Telescópios de grande porte são necessários para as pesquisas de ponta. Grandes projetos estão sendo desenvolvidos e esperamos para os próximos anos alguns instrumentos com espelhos do tamanho de campos de futebol. Porém ainda não os temos, mas existe uma técnica que combina alguns instrumentos para construir um telescópio virtual muitas vezes maior que os instrumentos individuais. A esta técnica é dada o nome de interferometria.

No Observatório Europeu do Sul (ESO), localizado no Chile, esta técnica é comumente utilizada e os resultados são excelentes. A última descoberta anunciada por estes instrumentos foi a estimativa do tamanho de uma estrela hipergigante amarela denominada HR5171.

O tamanho encontrado é espantoso, cerca de 1.300 vezes maior que o Sol (para se ter uma ideia, nossa estrela é 109 vezes maior que a Terra). Estas estrelas são raríssimas, apenas são conhecidas 12 estrelas com esta característica. Sua raridade ocorre porque durante a evolução das estrelas com muita massa, dependendo de alguns fatores, a fase de hiper-gigante amarela tem um tempo de duração curto com grande ejeção de matéria para o espaço e com grande alteração na temperatura superficial da estrela, modificando a sua cor.
Os pesquisadores ficaram intrigados e passaram a analisar os resultados de observações anteriores de diversos observatórios durante mais de 60 anos e concluíram que este objeto é um sistema binário cerrado eclipsante, onde possivelmente existe troca de matéria dos envoltórios estelares.
O período orbital do sistema é de 1.300 dias, um pouco mais de três anos e meio, e a presença desta companheira é de grande importância para o estudo da evolução da HR5171 pois espera-se que tenha um desenvolvimento diferente de estrelas hiper-gigantes isoladas.
Apenas a título de curiosidade, veja a concepção artística do sistema e a comparação com as distâncias médias no Sistema Solar. Incrível !!!

Em posição! Um, dois, três, quatro….

Quantas estrelas uma pessoa conseguiria contar em um minuto? Com uma certa velocidade e dedicação, provavelmente, umas 120. Claro que depois de um certo tempo (bem curto, acredito!) qualquer “contador de estrelas” iria ficar irritado e parar. Então, como sabemos quantas estrelas existem?
Em uma galáxia podemos utilizar a força gravitacional que a sua massa exerce sobre as galáxias satélites ou próximas e estimar estatisticamente o número de estrelas através de uma distribuição de massas observadas. Mas, e se quisermos contar individualmente? Será que é possível fazer isto?
A resposta é fácil, sim! É claro que ninguém ficará contando uma por uma as estrelas. Com a tecnologia atual é inimaginável alguém ficar do anoitecer até o amanhecer contando estrelas e marcando a sua posição como feito por Hiparcos, um grande astrônomo grego, cerca de 150 anos antes de Cristo.


Atualmente, com os computadores, telescópios, câmeras imageadoras, programas de identificação de objetos e satélites espaciais, nosso problemas ficaram menores. Podemos utilizar estes aparelhos para cumprir esta missão e não nos cansarmos. Eles fazem tudo automaticamente, claro que existe um certo custo nisto.
O mais moderno equipamento para o obtenção da posição dos astros tem o nome de Gaia. Este é um observatório espacial que foi lançado no dia 19 de dezembro de 2013 e encontra-se atualmente orbitando uma região denominada L2, ou ponto de Lagrange 2. O L2 fica a cerca de 1,5 milhões de quilômetros da Terra e sua importância vem do fato que a ação da força gravitacional da Terra e do Sol, neste ponto, se equilibram.
A partir deste ponto, cerca de um bilhão de estrelas serão observadas pelos equipamentos do satélite espacial Gaia e nos fornecerá informações de suas posições e movimentos próprios. Este número enorme de estrelas é menor que 1% das quantidade de estrelas da nossa Galáxia. O leitor poderá perguntar: Por que parar em apenas 1% da Via Láctea? A resposta é: existem limitações visuais. Assim como o nosso olho pode observar até 6.000 estrelas sem equipamentos, número aproximado de estrelas até a magnitude 6, o telescópio espacial poderá observar, confiavelmente, até a magnitude 14 (quanto maior a magnitude, menor o brilho), limitando o número até o apresentado acima.

Para fazer isto, o telescópio espacial Gaia irá fazer uma rotação em torno do seu próprio eixo em um período de seis horas e utilizará a câmera espacial atualmente em utilização. Como uma pequena comparação, uma câmera de celular possui algum em torno de oito milhões de pixels, já a Gaia tem uma câmera com quase um bilhão de pixels. Apenas como ilustração, os equipamentos são capazes de observar um fio de cabelo a uma distância de 2.000 quilômetros.
Além de medir as posições, Gaia irá nos fornecer dados como luminosidade, temperatura e composição química dos objetos. Estas informações nos permitirão construir um mapa tridimensional muito preciso, pois as posições das estrelas são medidas com uma acurácia incrível, e tentar esclarecer dúvidas sobre a composição e a história do desenvolvimento de nossa galáxia.
Como o Gaia já encontra-se em posição, esperamos para breve um número enorme de dados que chegarão e darão trabalho para astrônomos do mundo todo por muito tempo.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Os Céus Proclamam: Não Estamos Sozinhos no Universo

O tema é atual e contagia mentes voltadas à vida extraterrestre. O número de planetas orbitando outras estrelas não pára de crescer. Já são mais de 3.000 e dentre eles 68 do tamanho da Terra que estão na zona habitável. E isto somente em nossas vizinhanças. Uma nova geração de radiotelescópios utilizando sofisticadas tecnologias, estuda o Universo e a possibilidade de detectar sinais de civilizações extraterrestres.O primeiro a especular sobre a existência de um universo infinito, sem limites, com sóis ao redor do qual giravam planetas que deveriam ser habitados, foi o filosofo italiano Giordano Bruno (1550-1600) em seu livro “Del Infinito, Universo e Mondi” (Do Infinito, do Universo e dos Mundos). Essas idéias não agradou a Igreja e a Inquisição por falta de retratação acabou condenando-o à fogueira o que aconteceu em Roma no Campo di Fiori no dia 9 de fevereiro de 1600. Em seguida em 1686 foi a vez de Bernard Le Bovier de Fontenelle (1657-1757), poeta, romancista e filósofo francês em seu livro “Entretetiens sur la Pluralité des Mondes”(Diálogos sobre a Pluralidade dos Mundos) escrever de estar convencido de que os céus estão cheios de mundos habitados.O maior impacto contudo sobre o tema viria em 1861. Com apenas 19 anos, o astrônomo francês Camille Flammarion (1842-1925) durante sua estada no Observatório de Paris, empreendeu a difícil tarefa de abordar a questão da vida em outros planetas. Seu livro “La Pluralité des Mondes Habités” (A Pluralidade dos Mundos Habitados) foi publicado no ano seguinte pela editora Mallet-Bechelier. O livro provocou acirradas discussões na maioria das pessoas embevecidas com a idéia da Terra ser um planeta especial, centro da criação, único a abrigar vida. Contudo entre celebridades como Victor Hugo (1802-1885) o livro foi bem recebido. Em 1864 a primeira edição esgotou. Uma após uma as edições não paravam. Meu exemplar de 1921 já era a 30ª edição ! Este ano assinala pois 153 anos da primeira edição do livro de Flammarion.

 EXOPLANETAS

Em algum momento, quando você olha para as estrelas, não teria pensado que em algumas delas pode haver um planeta que também estará pensando em você : será que há alguém olhando para mim?


O que outrora parecia ser um privilégio do Sol, hoje já é aceito que a maioria das estrelas possuem planetas ao seu redor. Seria pois uma enorme presunção pensar ainda que somos a única civilização existente na imensidão cósmica. Os cientistas acreditam que pode haver civilizações lá fora e que já chegaram a um estágio de desenvolvimento suficiente para emitir ondas de rádio. Apesar de um tempo extremamente longo para as ondas de rádio varrer o espaço, os cientistas acreditam que nos próximos 25 anos estaremos recebendo a tão aguardada mensagem : também estamos aqui!
Para isto um novo radiotelescópio, o maior móvel do mundo no Estado da Virginia, EEUU, está empenhado em ouvir atentamente 68 planetas selecionados pelo programa SETI ( sigla em inglês da busca inteligente fora da Terra) dentre os 1235 até agora mapeados pelo telescópio espacial KEPLER. Outro radiotelescópio, o “Robert C. Byrd Green Bank”, é capaz de analisar 300 vezes mais freqüências de rádio do que seu rival em Arecibo, Porto Rico, palco do filme “Contato” de 1997 baseado no livro de Carl Sagan. A isto soma-se o maior radiotelescópio imóvel do mundo, o “Ratan-600 na Rússia com uma antena circular de 576 metros de diâmetro ! Contudo “o maior ouvido” da humanidade é o projeto ALMA da comunidade européia que está sendo instalado no Chile, em Chajnantor, a 5 mil metros de altitude. Serão 66 antenas de 12 metros de diâmetro que irá pesquisar o universo com uma penetração , precisão e poder incalculável!
É estranho que tudo isto esteja acontecendo e ainda existam multidões que acreditam ser seu planeta o mais importante de todos, centro da criação e que vivenciamos a época mais importante de todas. Doces ilusões de crianças que acariciam suas bonecas… Nossos antepassados acreditavam a mesma coisa e o que restou de suas conquistas, seus impérios , seus monumentos e palácios ? Acrescente-se a isso que o universo está pouco ligando pelo que acontece aqui. A astronomia está reverenciando Giordano Bruno, Bernard Le Bovier de Fontenelle e Camille Flammarion. Três nomes, três mentes que avançaram no tempo enfrentando altivamente dogmas, incredulidade e preconceitos. Estamos no limiar de descobertas extraordinárias e outras passiveis de abalar os alicerces da estrutura filosófica criada pelo homem. Quem viver verá !

A Descoberta de Vida Fora da Terra

Nossa galáxia, a Via Láctea, possui cerca de duzentos bilhões de estrelas (isto mesmo, bilhões!) e existem estimativas que sugerem mais de cem bilhões de galáxias em todo o Universo. Não será muita pretensão que alguns achem que exista vida apenas no planeta Terra?
Com a enorme quantidade de planetas orbitando esta infinidade de estrelas, matematicamente devem existir muitos planetas, sendo alguns habitáveis e com uma grande chance de possuírem seres vivos (não vou entrar na discussão sobre o que é vida).
As primeiras pesquisas de vida foram em planetas do Sistema Solar. Agora, com os satélites espaciais, outros planetas estão sendo descobertos e, devido à sua grande distância e à complexidade de observá-los diretamente, os pesquisadores procuram outras formas de identificar possíveis planetas habitados.
Em 2018, será lançado o James Webb, um telescópio espacial que substituirá o telescópio espacial Hubble, e irá procurar vida através da observação de gases que são emitidos pelos seres vivos (claro que estamos falando de seres vivos como os encontrados na Terra). Pergutaram-me uma vez se faz sentido procurar somente estes gases. Respondi que faz todo o sentido, uma vez que, como só observamos vida no planeta Terra e que estes gases podem ser oriundos destas formas de vida, nada melhor como indicador de suas presenças. Claro que estes gases podem ser originários de outros processos químicos, mas a ausência deles nos dirá que não devemos procurar formas de vida, como conhecemos, nestes planetas.
Esperemos ansiosos pelas novas descobertas do James Webb. O número de planetas no Universo é enorme e a nossa vontade de encontrar vida fora da Terra também. Quem sabe se nas próximas décadas não tenhamos as confirmações que todo o mundo aguarda.

Philae Detecta Moléculas Orgânicas no Cometa 67P/C-G: Mais um Ponto Para a Panspermia

 Após alguns quiques  seu pouso final no cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko, ou apenas 67P/C-G, o módulo Philae funcionou por cerca de 60 horas antes de ser temporariamente suspenso. Sua posição final foi inconveniente, porque o atrapalhou de receber luz do Sol para recarregar suas baterias. Ele está numa inclinação bastante íngreme na borda de uma depressão na superfície do cometa.
A equipe responsável pela missão ainda conseguiu movê-lo um pouco mas, mesmo assim, o módulo foi colocado em hibernação. É possível que após março de 2015, quando o cometa estará posicionado de maneira mais conveniente, o pequeno Philae seja suficientemente iluminado novamente e possa ser trazido de volta à ativa, com seus painéis solares gerando a energia necessária para seu funcionamento.
Mas nessas 60 horas de funcionamento muita coisa foi feita. Fotos da superfície foram tiradas pela sonda Rosetta, que carregou Philae até seu lançamento para o cometa, e análises químicas feitas por um pequeno laboratório na própria sonda que pousou gerou um grande volume de dados que será estudado nos próximos anos. Apesar do local final de pouso não ter sido exatamente o esperado, a missão pode sem sombra de dúvida ser considerada um sucesso.
Entre os resultados que aguardam a devida análise de cientistas, está a detecção de moléculas orgânicas, ou seja, moléculas que possuem um ou mais átomos de carbono em sua composição.
Isso não é exatamente uma novidade, pois a Rosetta já havia detectado metano e metanol, ambas orgânicas, mas agora a detecção de novas moléculas foi feita diretamente na superfície.
Ainda não sabemos exatamente quais moléculas foram detectadas pela Philea, e temos que ter em mente que nem toda molécula orgânica tem alguma coisa a ver com a origem de vida. Mas a presença de substâncias com carbono nos cometas reforça a ideia de que esses objetos foram os responsáveis por trazer à Terra (e certamente a outros lugares do Sistema Solar) os ingredientes básicos para a vida, como aminoácidos. Esse possível cenário para a origem da vida é conhecido como panspermia, a ideia de que em vez dos ingredientes fundamentais para a vida terem se desenvolvido na Terra, eles teriam sido trazidos do espaço e espalhados por outros lugares também.
Mesmo antes da Rosetta se aproximar do 67P/C-G, detecção de moléculas orgânicas em cometa já havia sido feita aqui da Terra pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array, o ALMA, localizado no Chile, através do estudo de imagens das comas dos cometas C/2012 S1 e S/2012 F6, também conhecidos como ISON e Lemmon.
O jornal The Washington Post publicou um post intitulado “No, it’s not a big deal that Philae found ‘organic molecules’ on a comet” (tradução: não, não é grande coisa que a Philae encontrou ‘moléculas orgânicas’ em um cometa – veja o artigo original, em inglês, Aqui), onde alerta para a cautela necessária com a notícia, pois, o fato de uma molécula ser orgânica não significa necessariamente que tenha algo a ver com a vida.
Mas a importância dessa detecção da Philae não está no fato de serem essas moléculas necessárias para a vida ou não. Está no fato de estarmos confirmando a abundância de moléculas orgânicas nos cometas e reforçando a ideia da panspermia.  Ainda que não seja feita a detecção direta de compostos como aminoácidos, por exemplo, detectar vários outros tipos de moléculas orgânicas nos mostra que podemos estar na direção certa.