O que é energia
escura?
Há 16 anos, os cientistas descobriram a energia escura, mas
ainda não conseguiram explicar exatamente o que ela é. Pelos conhecimentos que
a humanidade tem de física, a expansão do Universo deveria ser cada vez mais
lenta. Porém, a expansão está, na verdade, se acelerando. A – desconhecida –
causa dessa aceleração recebeu o nome de energia escura.
Os astrônomos têm três possíveis explicações para o
fenômeno. Ela pode ser alguma propriedade desconhecida do espaço no vácuo, um
novo tipo de campo de força – chamado de “quintessência” – ou, ainda, sinal de
que as teorias científicas a respeito da gravidade estão incorretas. O grande
problema é que os especialistas não têm nem pistas de como poderão fazer
experiências para chegar a uma conclusão.
Qual é a temperatura da matéria escura?
A “matéria escura” é uma teoria desenvolvida em 1933 para
explicar como as galáxias se mantêm unidas. Uma quantidade de massa invisível
explicaria o campo gravitacional que une os corpos celestes de uma galáxia. Os físicos ainda não sabem precisamente o que é a matéria
escura, mas provavelmente conseguirão detectar algumas de suas partículas
dentro de poucos anos. Até lá, a temperatura dessa matéria permanecerá um
mistério. Pela teoria atual, ela deveria ser gelada, mas se admite que ela pode
ser bem mais quente.
Onde estão os bárions desaparecidos?
Bárion é um termo genérico para descrever as partículas
subatômicas, como os prótons e os nêutrons. Pelos cálculos dos astrônomos,
cerca de 10% da massa bariônica do Universo está nas galáxias. Gases quentes
intergalácticos também formam 10% do Universo, e outros 30% são nuvens de gases
frios.
Sobraram 50%, a metade das partículas do Universo, que os
cientistas não conseguem localizar. Uma teoria afirma que esses bárions
estariam num plasma difuso, mas ainda não há consenso quanto a isso.
Como as estrelas explodem?
A morte de uma estrela não é um processo pacífico. Depois de
brilharem por milhões, muitas vezes bilhões de anos, elas se transformam em uma
bola de fogo gigante conhecida como “supernova”. As supernovas já são objeto de
estudo científico há décadas, mas ainda não está claro para os astrônomos quais
são os processos que antecedem a explosão dentro das estrelas.
O que organizou o Universo?
O estudo da história do Universo tem uma lacuna importante
que diz respeito ao que acontece dentro dos átomos. De acordo com a teoria, o
Big Bang, a explosão que deu início ao Universo como conhecemos, aconteceu há
13,7 bilhões de anos.
Cerca de 400 mil anos depois disso, com a temperatura já
mais fria, a atração natural de prótons e elétrons formaria átomos estáveis de
hidrogênio. Centenas de milhões de anos depois, no entanto, algo retirou
elétrons desses átomos, e formou íons – que não têm um número estável de
elétrons e, por isso são mais propensos a reações. O que não se sabe é o que
foi esse algo responsável pela reorganização.
Qual é fonte dos raios cósmicos mais energéticos?
Há 50 anos, no estado norte-americano do Novo México,
cientistas detectaram uma partícula extremamente energética, que recebeu o nome
de raio cósmico. Esse raio era, na verdade, um núcleo de um átomo que vaga pelo
Universo trombando em corpos celestes, com uma energia de
100.000.000.000.000.000.000 eV – valor tão alto que não podia ser produzido por
nenhum processo conhecido até então. E continua sendo, por que os cientistas
ainda não conhecem o processo que gera tamanha energia.
Por que o Sistema Solar é tão bizarro?
Pelo Universo afora, planetas de todos os tipos – quentes,
frios, rochosos, gasosos, grandes e pequenos – giram ao redor de estrelas. O
Sol é capaz de reunir essa diversidade de planetas em torno de si. Levando em conta massa, composição química e tamanha, Vênus
seria o par mais próximo da Terra, mas os planetas são quase opostos. Vênus tem
uma atmosfera ácida, densa e quente, e não tem sinais de já ter tido água –
enquanto a Terra é cheia de oceanos. A rotação dos dois também é completamente
diferente – em Vênus, o dia dura mais que o ano.A comparação entre Terra e Vênus é apenas um exemplo da
diversidade encontrada entre os oito planetas e outros corpos celestes do
sistema.
Por que a coroa solar é tão quente?
No interior do Sol, onde ocorre fusão nuclear, a temperatura
supera os 16 milhões de graus Celsius. Na superfície, a temperatura é bem mais
baixa, na casa de 5 mil graus Celsius. Porém, acima da superfície, se forma a
coroa solar, onde a temperatura supera 1 milhão de graus Celsius.Os cientistas sabem que a energia solar é suficiente para
gerar temperaturas tão altas e que o campo magnético do Sol é forte o bastante
para levar a energia até o campo magnético. Os detalhes do processo, no
entanto, ainda estão longe de ser um consenso, e há várias teorias conflitantes
oferecendo essa explicação.